Olá, leitor, é um prazer estar de volta para compartilhar um pouco do que eu sei com você através desse blog. Não se esqueça de compartilhar no fim do post ou mesmo deixar seu comentário, pois isso é o que me subsidia com assuntos para que eu possa alimentar minha página. Conto com você.
Recorrentemente ando escutando comentários sobre financiamentos, algumas do tipo:
“Mas com essa crise não vou conseguir financiar meu imóvel”
“Hoje está mais difícil conseguir crédito, porque a crise está instaurada no país”
“A bolha imobiliária vai acabar com a disponibilidade de crédito”
Dentre algumas outras.
Vocês notaram acima que a palavra crise apareceu em 67% das assertivas que eu escrevi, enquanto o termo bolha imobiliária veio logo depois dando uma ênfase toda especial.
-Fiz de propósito.
Eu realmente quis que você lesse nessa ordem, para chegar nesse ponto do texto e comentar que o mercado imobiliário vai muito bem, obrigado. Resultados expressivos, pelo menos na imobiliária em que eu trabalho, nos foram mostrados em nossa última reunião mensal de resultados.
Infelizmente não tenho os gráficos comigo (isso é uma lástima, conversarei já com meus supervisores para que esses dados estejam dispostos para pesquisa dos meus leitores!), mas os resultados mostram que nossas vendas no último trimestre, superaram em muito, as vendas no mesmo período no ano passado.
-Oh, Glória!
Grande parte disso se deve ao nosso setor de produção agropecuária. Nós (quando digo nós, faço referência ao Centro Oeste) temos o maior setor de empregos do Brasil. Estamos em uma região estratégica que atrai a cada ano mais e mais pessoas do restante do país, um êxodo rural às avessas. O que aconteceu muito na década de 60, hoje está praticamente ao contrário.
-Quebramos aqui o paradigma crise. Jornal Nacional, faça mais reportagens conosco e pare de poluir nossas mentes com números que só dizem respeito ao sudeste, por favor.
Dados estatísticos divulgados pela City Mayor centro de estudos dedicados a temas urbanos mostram que nos próximos 5 anos, Goiânia deve receber mais de cem mil novos habitantes, que estarão aqui em conjunto de famílias, as quais por sua vez vão se juntar com novas famílias, trazendo na bagagem uma necessidade real e crescente de moradia.
-Conseguiram ler o termo “necessidade real e crescente de moradia”?
-Espera um pouco... se existe a necessidade real e crescente de moradia, precisamos de... deixe-me ver... moradia (leia-se casas, apartamentos, flats, cômodos, barracões, etc.).
-Ué, então, como explicar o termo bolha imobiliária se é necessário que se tenha mais casas para ofertar para essa parcela da população?
Podemos até falar de aluguel, no entanto a conta para aluguel é básica: parcela fixa mensal que tende a subir anualmente que pode ultrapassar metade do rendimento familiar disponível para utilização com moradia (essa parcela nunca deixará de existir, ótimo investimento para quem quer comprar casas ou apartamentos para alugar), no entanto comprar um imóvel significa empregar no máximo 30% dos rendimentos familiares no pagamento de parcelas de um financiamento.
-Onde está essa bolha? Só nos desenhos do Bob esponja, para falar sério (ou não).
“E olha que até ele tem uma casa, tá que é um abacaxi no fundo do mar, mas é própria!”
Para finalizar (já que me prolonguei demais falando sobre o assunto) os termos crise e bolha imobiliária passam muito longe de nós do Centro-oeste. Como todos podem pesquisar em qualquer site especializado estamos, no fim das contas, carregando o PIB nas costas.
#DeOlhoNoMercado