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domingo, 19 de julho de 2015

Sem crise, acabe com essa ideia.

 

Olá, leitor, é um prazer estar de volta para compartilhar um pouco do que eu sei com você através desse blog. Não se esqueça de compartilhar no fim do post ou mesmo deixar seu comentário, pois isso é o que me subsidia com assuntos para que eu possa alimentar minha página. Conto com você.

Recorrentemente ando escutando comentários sobre financiamentos, algumas do tipo:

“Mas com essa crise não vou conseguir financiar meu imóvel”

“Hoje está mais difícil conseguir crédito, porque a crise está instaurada no país”

“A bolha imobiliária vai acabar com a disponibilidade de crédito”

Dentre algumas outras.

Vocês notaram acima que a palavra crise apareceu em 67% das assertivas que eu escrevi, enquanto o termo bolha imobiliária veio logo depois dando uma ênfase toda especial.

-Fiz de propósito.

Eu realmente quis que você lesse nessa ordem, para chegar nesse ponto do texto e comentar que o mercado imobiliário vai muito bem, obrigado. Resultados expressivos, pelo menos na imobiliária em que eu trabalho, nos foram mostrados em nossa última reunião mensal de resultados.

Infelizmente não tenho os gráficos comigo (isso é uma lástima, conversarei já com meus supervisores para que esses dados estejam dispostos para pesquisa dos meus leitores!), mas os resultados mostram que nossas vendas no último trimestre, superaram em muito, as vendas no mesmo período no ano passado. 

-Oh, Glória! 

Grande parte disso se deve ao nosso setor de produção agropecuária. Nós (quando digo nós, faço referência ao Centro Oeste) temos o maior setor de empregos do Brasil. Estamos em uma região estratégica que atrai a cada ano mais e mais pessoas do restante do país, um êxodo rural às avessas. O que aconteceu muito na década de 60, hoje está praticamente ao contrário.

-Quebramos aqui o paradigma crise. Jornal Nacional, faça mais reportagens conosco e pare de poluir nossas mentes com números que só dizem respeito ao sudeste, por favor.

Dados estatísticos divulgados pela City Mayor centro de estudos dedicados a temas urbanos mostram que nos próximos 5 anos, Goiânia deve receber mais de cem mil novos habitantes, que estarão aqui em conjunto de famílias, as quais por sua vez vão se juntar com novas famílias, trazendo na bagagem uma necessidade real e crescente de moradia.

-Conseguiram ler o termo “necessidade real e crescente de moradia”?

-Espera um pouco... se existe a necessidade real e crescente de moradia, precisamos de... deixe-me ver... moradia (leia-se casas, apartamentos, flats, cômodos, barracões, etc.).

-Ué, então, como explicar o termo bolha imobiliária se é necessário que se tenha mais casas para ofertar para essa parcela da população?

Podemos até falar de aluguel, no entanto a conta para aluguel é básica: parcela fixa mensal que tende a subir anualmente que pode ultrapassar metade do rendimento familiar disponível para utilização com moradia (essa parcela nunca deixará de existir, ótimo investimento para quem quer comprar casas ou apartamentos para alugar), no entanto comprar um imóvel significa empregar no máximo 30% dos rendimentos familiares no pagamento de parcelas de um financiamento.

-Onde está essa bolha? Só nos desenhos do Bob esponja, para falar sério (ou não).

“E olha que até ele tem uma casa, tá que é um abacaxi no fundo do mar, mas é própria!” 

Para finalizar (já que me prolonguei demais falando sobre o assunto) os termos crise e bolha imobiliária passam muito longe de nós do Centro-oeste. Como todos podem pesquisar em qualquer site especializado estamos, no fim das contas, carregando o PIB nas costas.

 

#DeOlhoNoMercado

sexta-feira, 3 de julho de 2015

PRÓ-COTISTA. Sabe o que é?

Amigo leitor,

Para questão de informações, já tem tempo que eu digo aqui que a Caixa Econômica estua um modo de utilizar os recursos da carteira do FGTS para financiar imóveis além dos limites do Programa Minha Casa Minha Vida, mais precisamente até a casa dos 400 mil.

Ontem vi isso cair como uma grande novidade aqui onde trabalho:

"Oh, quer dizer que a Caixa agora financia imóveis usados até 400 mil?"

Por que a surpresa, pessoal? Eu já tinha cantado a pedra muito antes de isso ter acontecido, basta voltar aí nas publicações do meu blog e você vai encontrar.

"Vou correndo falar para o meu cliente que ele pode financiar o imóvel de revenda que ele queria..."

Só um momento, antes de fechar essa página e sair como um louco ressuscitando todos os seus clientes que a própria Caixa sepultou em um caixão de 50% de cota, saiba que essa classe tem um nome e há regras a seguir, chamo de (eu chamo, porque não há nenhum nome definido e espero infinitamente que escolham esse) Crédito para PRO-COTISTA Caixa.



PRO do português genérico "Para o" que significa à favor
COTISTA da nominação comum de quem tem cota


Meu intuito era deixar esse
professor ao lado das designações
Sendo assim, não é qualquer pessoa que pode adquirir um imóvel de até 400 mil usado usando esse tipo de recurso, basicamente ele foi feito para aqueles que contribuem com ele.

Isso tem uma explicação lógica: Depois do "Boom" de pessoas comprando, muito dinheiro foi retirado da poupança, que é um recurso fácil de ser obtido, não há restrições para se retirar dinheiro da poupança, nem poderia né. Aliado às altas das taxas básicas de juros, para controle da inflação, o que obrigou a população a recorrer a esse recurso para pagar as contas. Somado ao fator que implica que para financiar imóveis com recursos da poupança necessita-se de Recursos na Poupança... bem, não preciso falar mais nada.



A carteira do FGTS não pode ser utilizada senão por aqueles que a alimentam, ou estaríamos caminhando para o mesmo destino da poupança: a escassez desse recurso.

Levemos em consideração que todo o Programa Minha Casa Minha Vida é alimentado por esse recurso também.

Então, por esse motivo, para se enquadrar nesta nova modalidade de crédito é necessário, antes de qualquer coisa que:

1. TENHA UMA CONTA ATIVA DE FGTS;

Parece óbvio, mas nem sempre é fácil assim. Não basta ter recurso retido de FGTS, a conta tem que estar ativa, ou seja, a pessoa deve estar empregada.

2. TENHA, NO MÍNIMO, 10% DO VALOR DO IMÓVEL DEPOSITADO NA CONTA;

Trabalhou em uma empresa durante X anos, juntou Y, saiu da empresa, sacou o FGTS, entrou em outra: 'nenenzou'. Cuidado especial para aqueles que trabalharam a vida toda sob regime CLT e de repente, concursado, entra para o serviço público: Servidor Público não tem conta de FGTS! Outra coisa óbvia, mas que não é todo mundo que sabe.

3. IMÓVEL USADO NÃO PODE CUSTAR MAIS QUE R$ 400 MIL.

Tanto faz, o valor de venda, quanto o valor de avaliação, aquele que for maior. O imóvel custa 380 mil, mas a avaliação foi feira em 410 mil, tá fora.


Seguindo essas três regrinhas, felicidades, você tem um Pro-cotista com a Caixa. Terá uma conta, receberá seu salário pelo banco e utilizará os recursos do FGTS para financiar seu imóvel com taxas diferenciadas no banco e poderá fazer até 85% do valor do imóvel em financiamento. Mole, mole.

Creio que não deve ter ficado nenhuma dúvida, mas caso haja alguma, deixe seu comentário (Qualquer pessoa pode deixar comentário) que eu responderei a todas as questões.

"Agora pode ir correndo ligar para seu cliente, filtrado, que ele pode financiar o imóvel de revenda que ele quer"


#DeOlhoNosFinanciamentos

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Quanto você precisa ganhar para comprar um imóvel em Goiânia?

Olá, leitores,

Já toquei bastante nessa tecla sobre o valor do metro quadrado em Goiânia ser, dentre as capitais brasileiras, o mais barato. Goiânia ocupa o segundo lugar nacional atrás apenas de Contagem em Minas Gerais segundo o índice FipeZap.

Levando em conta esse fator, encontramos aqui, imóveis que podem variar de R$ 100.000,00 a mais de R$ 5.000.000,00, tudo dependendo do tamanho, localização, acabamento, etc.

Sendo assim, uma família que ganhe a partir de dois salários mínimos (sendo um de cada cônjuge) pode já tentar um financiamento bancário para adquirir o primeiro imóvel e sair do aluguel.

Para aqueles que querem fazer um upgrade e passar para um lugar um pouco maior, numa localização um pouco mais privilegiada, ou mesmo com mais lazer, existem oportunidades de mercado que aparecem de quando em vez que podem permear de R$ 150.000,00 até R$ 220.000,00, daí já é preciso ganhar um pouquinho mais, entre R$ 2.500,00 a R$ 5.000,00. Existem unidades, hoje, em torno de 70m² que saem por esses valores.

Para se fazer uma comparação, para comprar um apartamento de 70m² no Rio de Janeiro é necessário ganhar cerca de R$ 22.250,00 por mês. Isso se deve pela alta valorização da cidade que chega a ter locais com o metro quadrado na faixa de R$ 15.000,00.

Goiás está longe disso, então torna-se um bom lugar para investir, pois a tendência é somente aumentar os preços. Você já viu preço de imóvel cair? Portanto não caia nessa conversa de que estoque de unidades acaba derrubando o preço delas.

Um grande exemplo é o caso do setor Negrão de Lima em Goiânia. Há 5 anos encontravam-se unidades de R$ 120.000,00 à venda, hoje, a mais barata sai em torno de R$ 180.000,00, uma valorização de 66,66% em 5 anos, o que dá algo em torno de 13% a.a. Para se fazer uma comparação, a poupança rende em torno de 6% a.a.; dívidas do governo podem render até 9% a.a.. Então como dizia meu sábio avô: Quem compra Terra não erra!

#DeOlhoNoMercado