Olá, topfiveanos [leia-se top-faive-anos], olha eu passando aqui para deixar para vocês alguns motivos do porquê você não deve deixar a compra de seu imóvel para depois.
Claro, li algumas matérias a respeito e vou centralizar o assunto para nossa região (faço referência à região metropolitana de Goiânia), pois na contramão de toda uma crise política pautada em pedaladas, patinetadas e aceleradas fiscais, refletida no sudeste brasileiro, o Centro Oeste cresce mais e mais de mãos dadas com o agronegócio (alta de dólar e exportação de insumos). Então vamos lá:
5o. lugar: ESTAR BEM LOCALIZADO.
Goiânia é, segundo o índice FIPEZAP, a capital com o menor valor de metro quadrado do Brasil (clique aqui e veja a matéria completa pela revista exame no começo deste ano).
Isso mesmo! Muitos podem pensar que isso é ruim, mas vivemos hoje em uma eterna contradição, no que diz respeito a dinheiro e eu vou explicar por quê.
Quando o preço do metro quadrado é muito baixo em relação a outros locais, isso mostra o quanto o valor ainda tende a crescer, em números seguros, para alcançar o valor de mercado pedido pelas regiões vizinhas. Então o valor pago em imóvel hoje será outro caso este seja vendido amanhã, sempre maior.
-Esqueça o que te disseram sobre o valor dos imóveis estar diminuindo, isso pode funcionar de construtora para construtora, mas não tem valor algum quando estamos falando de terceiros. Cada um pede o valor que deseja naquilo que é seu.
4o. lugar: "GANHE DINHEIRO EM CASA"
Ninguém gosta de perder dinheiro, nem deixar de ganhar dinheiro, então, em vez de deixar de ganhar, ganhe!
Essa é a ideia. Se comprar um imóvel em Goiânia é uma valorização certa, então comprar imóvel hoje é ganhar dinheiro amanhã.
Claro, isso não é para todos, só para aqueles que desejam não perder dinheiro. Vamos fazer uma continha abaixo:
POUPANÇA: Rendimentos de +6% ao ano (como rendimento é um índice de valorização vamos representar em azul e com o sinal +); INFLAÇÃO (em 2015): Previsão de fechamento em -9,5% (como inflação é um índice depreciativo, vamos representar em vermelho e com o sinal -)
-9,5 + 6 = -3,5
Então, mesmo que considerada de baixo risco e sendo adotada por 9 entre 10 brasileiros, deixando seu dinheiro na poupança você terá um valor perceptível de ganho de 6% ao ano, notável para grandes quantias, no mesmo período o dinheiro perde seu poder de compra em 9,5%, o que te dá uma perda de poder de compra total em 3,5% no ano, ou seja, você ganha dinheiro, mas ele não compra o mesmo que comprava no começo da aplicação e isso é perda de dinheiro e não ganho.
IMÓVEIS: Rendimentos de +14% ao ano (a ideia é a mesma, mas como quem compra terra não erra, esse é o valor aproximado de valorização de uma unidade habitacional em uma ano); INFLAÇÃO (em 2015): Previsão de fechamento em -9,5% (notem que eu simplesmente não alterei os números)
-9,5 + 14 = 4,5
Viram a sutil diferença? O rendimento aplicado em um imóvel faz com que o capital colocado na transação acabe por subir. O dinheiro rende acima do índice de depreciação e o ganho real é positivo. Agora sim, temos dinheiro rendendo. Deixar para amanhã está ficando fora de cogitação.
-Nota: procure um corretor para saber qual o melhor investimento, pois o índice usado pode variar de acordo com a região e as necessidades de cada pessoa.
3o. lugar: -CRÉDITO OU DÉBITO, SENHOR?
Não é preciso ser expert ou mesmo estar muito ligado nas notícias para saber que só no ano de 2015 a Caixa Econômica Federal subiu o juro para a aquisição de imóveis três vezes e nesse meio tempo, sem que ninguém percebesse (até porque isso é algo interno com grau de sigilo 5, em uma escala de 0 a 5) as condições para liberação desse crédito, o que tornou um pouco mais complicado conseguir se enquadrar.
Bem, estamos falando de brasileiros, nosso salário mínimo não chega a R$ 1.000,00, isso se reflete diretamente no nosso poder de compra. Associado ao desejo intrínseco que nos é imposto desde bebês em ter a casa própria isso torna difícil juntar todo o dinheiro para compara nossas casinhas.
A Caixa, nada mais é que o cofrinho do Brasil, criada para sustentar todos os programas assistencialistas do país e ajudar a custeá-los. Pois bem, atualmente ela é o reflexo de tudo o que acontece no âmbito imobiliário. Caso ela eleve os juros, os outros bancos acompanham, se ela dificulta, os outros bancos também. É uma grande cadeia. Então não adianta pensar que sair da Caixa resolve, ameniza, no máximo.
-O brasileiro precisa de um crédito que a cada dia vai ficar mais caro. Então deixar a compra para amanhã pode não ser uma boa ideia.
2o. lugar: LAR-DOCE-LAR
Desde que o ser humano deixou de ser nômade e passou a cultivar o local onde se encontra existe uma demanda por moradia, isso vem com o decorrer das eras. Bem, agora não é diferente, ainda mais no Brasil onde existe uma demanda crescente por moradia (diga isso o famoso Programa Minha Casa Minha Vida) deixando sempre em evidência o que chamamos de déficit habitacional.
Os brasileiros recorrem a moradia de qualquer jeito, seja com a mãe, seja com parentes próximos, com aluguel ou própria. Mas Maslow já empregou em seus estudos das necessidades humanas que depois de comer, o indivíduo precisa morar e é aí que entra o que elenquei em segundo lugar como prioridade.
Grande parte dos brasileiros vai utilizar crédito bancário para comprar sua casa e vai passar por uma situação curiosa: Vai pagar no mínimo o valor de um aluguel para adquirir um imóvel dando uma contrapartida a partir de 10% do valor desse como entrada; vai utilizar o sistema de pagamento da tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) que decresce mês a mês o valor da parcela; e, no fim, vai quitar seu imóvel antes do tempo pré-determinado e, se possível, vai fazer um novo financiamento. Normal. O que não ocorre com o aluguel, o qual não pede comprovação de renda, é impositivo e ano a ano sobe seu valor, pois se reajusta com o mercado.
O que você acha? O financiamento que tem parcelas que começam e R$ 1.000,00 e decrescem até uns R$ 300,00 ou um aluguel que começa em R$ 1.000,00 e aumenta até os limites da vontade do proprietário? Pensou? Deixe sua resposta nos comentários.
1o. lugar: SÍNDROME DE BAMERINDUS "O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA..."
Sim, eu batizei essa síndrome. Deixar para depois é um erro que pode se tornar incorrigível, pois quanto mais avançada a idade da pessoa mais complicada fica a liberação do crédito.
A grande maioria dos bancos leva em consideração a idade de 80 anos como limite para liberação de qualquer empréstimo, então o tempo de financiamento somado a idade da pessoa tem que ser menor ou igual a 80 anos, segue tabelinha:
Idade (anos) | Tempo de financiamento (anos) | soma (id. + Fin.) |
20 | até 45 | 65 |
30 | até 45 | 75 |
35 | até 45 | 80 |
40 | até 40 | 80 |
45 | até 35 | 80 |
50 | até 30 | 80 |
Um conto real: Minha mãe sempre quis financiar um imóvel, mas foi deixando para depois (queria juntar mais para dar uma entrada maior, não era o momento, o juro estava caro... desculpas nunca faltaram), mas meu pai é 10 anos mais velho que ela e os dois são casados de papel passado. Quando ela resolveu que era a hora, a idade do meu pai (que é o mais velho) fez com que o tempo de financiamento (e a liberação de valor total junto) fosse menor. Ela não conseguiu.
Portanto não é somente pensando em crédito, em valor de entrada, em sonho ou mesmo rendimentos que digo que comprar um imóvel hoje é melhor, mas é questão de tempo. Esse é o único bem que temos que não se renova ele apenas se vai.
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Yan Ribeiro
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