Alta de juros não afeta o mercado de imóveis novos

Mercado projeta crescimento de 10% do setor em 2015 e valorização superior à inflação

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"Mesmo diante das novas regras de financiamento habitacional anunciadas pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil (veja quadro), a previsão é de que o mercado de imóveis novos continuará aquecido em Goiás. De acordo com projeção da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) o setor crescerá 10% este ano.

No acumulado do ano passado, as vendas foram de 7,5 mil imóveis, mas, para este ano, as empresas trabalham com a expectativa de que esse número passe de 8 mil unidades vendidas. “As pessoas ainda entendem que investir em imóveis é um negócio seguro”, afirma o presidente da Ademi-GO, Renato Correia.

Entidades do setor acreditam que as alterações atingirão quem está trocando de imóvel e não quem deseja comprar a casa própria pela primeira vez.

Com o aquecimento do mercado, a consequência será a valorização dos imóveis. Renato Correia afirma que os preços ficarão acima da inflação e o crescimento será entre 10% e 12% ao longo do ano.

Migração

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto Moura, grande parte das famílias que estavam planejando comprar um imóvel de menor valor e usado repensará a compra. O que indica a migração para compra de imóveis novos e, consequentemente, o aumento nas vendas.

“Em Goiânia ainda há espaço para a compra de imóveis novos. O indicado é que as pessoas procurem unidades com valor mais baixo, para facilitar a entrada no financiamento. Por isso, acredito que as pessoas irão trocar a compra do usado por um novo com mesmo valor, mesmo que a metragem seja menor”, frisa Carlos Alberto.

Aluguel

De acordo com o vice-presidente de locação de imóveis do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi-Goiás), Benjamin Ragonezi, haverá melhorias no mercado de locação de imóveis, com projeção de crescimento entre 30% e 40%.

“Esse ano será de adequação e de ajustes no orçamento das famílias. Será positivo para a locação, pois num primeiro momento as pessoas irão pensar melhor e se adequarem para financiar um imóvel de acordo com as novas regras estabelecidas. Então, durante esse processo irão optar por alugar”, diz o dirigente do Secovi."

Fonte: Dayse Freitas, O Popular