Área de 706 mil metros quadrados no bairro Park Lozandes
Maior parque de Goiânia será desenhado com ajuda da população. Workshop que aconteceu na terça-feira deu início ao processo que acontecerá na capital pela primeira vez
Uma parceria entre a Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Fórum Goiano de Habitação (integrado pelas instituições do setor imobiliário Ademi, Secovi e Sinduscon), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e Euroamérica Incorporações foi estabelecida para começar a tirar o Parque do Cerrado do papel. Juntos, eles integram a comissão organizadora do Workshop Parque do Cerrado, uma iniciativa que irá promover a implantação do maior parque de Goiânia, com área de 706 mil metros quadrados no bairro Park Lozandes, criado pela Lei n° 9.360/2013.
O Workshop Parque do Cerrado teve a participação popular para desenvolver o projeto do referido parque. A primeira ação aconteceu nesta terça-feira (24) às 18h, no Paço Municipal: foi realizado o primeiro encontro para apresentar a proposta colaborativa à comunidade e determinar as seguintes etapas. Mais de 100 representantes de associações de bairro, dirigentes de organizações e entidades ligadas a urbanismo e meio ambiente se reuniram para participar do evento.
A iniciativa da parceria partiu da Euroamérica Incorporações, que irá custear o projeto básico do parque e será parceira da prefeitura na implantação de parte da obra. O arquiteto paisagista Guilherme Takeda, do Rio Grande do Sul, que possui trabalhos em 23 Estados da Federação, foi convidado para conduzir as oficinas colaborativas, metodologia já aplicada por ele em outras cidades brasileiras. Para o presidente da empresa, Juan Zamora, esta será uma oportunidade de ter um parque como a comunidade sempre desejou. “A ideia não vai sair da mente de uma só pessoa, mas de um conjunto de anseios da população”, diz.
A empresa envolveu-se com a iniciativa por estar desenvolvendo nas imediações do Parque do Cerrado o Europark Residencial – complexo residencial com cinco condomínios e com um parque privativo só para os moradores. “Temos um projeto de longo prazo para a empresa em Goiânia e, por isso, acreditamos que o nosso papel é contribuir com o desenvolvimento da cidade”, considerou Zamora.
“Nosso papel é contribuir com o desenvolvimento da cidade”, disse Zamora, presidente da Euro América Incorporações(Foto:Cristovão Matos).
Workshop
Takeda explica que a ideia foi inspirada em métodos similares criados no exterior, batizada como “Projeto Charrette”. “Esta é uma construção coletiva de um projeto. O parque é para a comunidade, então, nada mais justo que ela participe de sua formatação. Iremos reunir as melhores ideias e transcrevê-las de forma técnica em um projeto de arquitetura e urbanismo”, afirma.
Como pasta pública que administra os parques, a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) irá coordenar o processo junto com Guilherme Takeda. Segundo o arquiteto da agência responsável que também integra a comissão organizadora do workshop, Giovanni Borges, a ideia é desenvolver um masterplan (projeto geral) com toda definição do parque, sendo que uma parte da área já será detalhada, orçada e executada. “Por hora, sabemos que esta primeira parte terá uma área próxima a do Parque Vaca Brava”, informa.
Para Borges, a iniciativa é algo inédito e positivo para a Prefeitura de Goiânia, assim como para a população. “Temos uma boa expectativa em relação à participação popular, já que opinar em equipamento de uso urbano é uma atitude cidadã. A iniciativa contempla também o nosso ideal democrático”, diz Giovanni.
O arquiteto Guilherme Takeda foi convidado
para conduzir as oficinas colaborativas (Foto:Divulgação).
Cronograma
Depois da reunião de apresentação da proposta do workshop colaborativo, Guilherme Takeda explicará como funcionará a construção coletiva do projeto. O processo incluirá outros dois encontros de trabalhos práticos em março e um encontro final de apresentação do projeto colaborativo concluído. “Ainda faz parte do plano inserir a criação da logo do parque nesse processo de produção coletiva durante a oficina. A intenção é valorizar a participação popular, nossa cultura e ressaltar o bioma Cerrado”, sublinha o arquiteto.
Em entrevista ao Diário da Manhã, Juan Zamora ressalta que a primeira etapa do parque tem previsão para ser concluída já ao final de 2015. “No total o parque possuí 706 mil m². O sistema Charrete, com o qual iremos trabalhar, é uma novidade no País”, ressalta. Ele explica que esse sistema, que nasceu nos EUA, é o desenvolvimento de projetos que envolve diretamente a colaboração de toda sociedade. “Goiânia, bem como todo País, tem uma tradição democrática e um espírito de participação, o que na minha concepção é muito positivo”, explica.
EuroAmérica Incorporações
Presente em Goiânia desde 2005, a EuroAmérica Incorporações integra o grupo Euroinvest, um grupo espanhol diversificado. Com presença em mais de 95 países, o grupo atua no segmento de bens de consumo, com a produção de bebidas, vinhos e perfumes, no segmento de lazer, com produções cinematográficas, e no setor imobiliário, com mais de um milhão de metros quadrados construídos e 8,5 mil unidades entregues.
Entre os produtos produzidos pelo grupo estão a Novela El Príncipe, fenômeno de audiência na Espanha, Licor 43 e o vinho Ramón Bilbao. Em Goiânia, a EuroAmérica Incorporações desenvolve projetos com o diferencial da sustentabilidade. O Europark é o quarto projeto da Incorporadora, que aguardou sua consolidação na Capital goiana para lançar este que é considerado o mais ousado projeto imobiliário do grupo.
“Temos quatro empreendimentos na capital, fomos a primeira construtora a fazer um imóvel partindo da sustentabilidade em Goiânia, o Residencial Euroville. O próximo a ser lançado tem valor de, em média, R$ 500 mil, com 3 suítes e 120m² ao lado do Parque do Cerrado, o condomínio também irá contar com um grande espaço de lazer para os moradores, outro diferencial dos nosso projetos”, afirma Juan Zamora.
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